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Bem-estar e Saúde / SAÚDE MENTAL

Médico analisa os impactos emocionais da morte de Diogo Jota e André Silva: 'Adoecer o corpo'

Na última quinta-feira, 3, Diogo Jota e André Silva morreram após sofrerem um acidente em uma rodovia na região de Sanabria, na Espanha

Dr. José Fernandes Vilas e Júlia Wasko
por Dr. José Fernandes Vilas e Júlia Wasko

Publicado em 04/07/2025, às 13h05

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O médico explicou mais detalhes das consequências psicológicas envolvendo a morte de Diogo Jota e André Silva - Reprodução/Facebook
O médico explicou mais detalhes das consequências psicológicas envolvendo a morte de Diogo Jota e André Silva - Reprodução/Facebook

Na última quinta-feira, 3, a família de Diogo Jota (28) e André Silva (26) foi informada de que os irmãos morreram após um acidente automobilístico na Espanha. Os jogadores dos times Liverpool e Penafiel, respectivamente, estavam no quilômetro 65 da rodovia A-52, na região de Sanabria, província de Zamora, quando o veículo saiu da pista e pegou fogo. Durante uma ultrapassagem, um dos pneus estourou e os dois morreram no local do acidente.

Em entrevista à CARAS BrasilDr. José Fernandes Vilas explica que a perda repentina de dois membros da mesma família em um acidente traumático representa um dos eventos mais devastadores que alguém pode viver. "O impacto emocional é profundo e imediato, podendo desencadear reações intensas como choque, negação, desespero e uma sensação de irrealidade", diz.

"A dor se multiplica pela magnitude da perda e pelo simbolismo afetivo envolvido — perder dois filhos, dois irmãos, duas referências afetivas ao mesmo tempo. Isso pode comprometer tanto o equilíbrio emocional quanto a estabilidade física dos familiares, afetando sono, apetite, imunidade, pressão arterial e até o funcionamento neurológico", acrescenta.

O psiquiatra ainda destaca que o luto duplo, vivido de forma abrupta, eleva consideravelmente o risco de desenvolver quadros como Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), depressão maior, crises de ansiedade, sintomas psicossomáticos e até doenças cardiovasculares: "Há um termo chamado 'transtorno prolongado de luto' (segundo o DSM-5-TR), no qual a dor permanece cronicamente intensa por mais de um ano, dificultando o retorno à funcionalidade básica".

"Além disso, o corpo sofre: o estresse constante pode levar a alterações hormonais, inflamatórias e imunológicas, aumentando a vulnerabilidade a infecções e doenças autoimunes. O luto, quando não acolhido adequadamente, pode literalmente adoecer o corpo", reforça.

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