Ator prestes a retornar à TV com A Viagem, novela que será reprisada pela Globo a partir de segunda-feira, 12, morreu de Covid-19 durante a pandemia
Publicado em 10/05/2025, às 07h20
A partir desta segunda-feira, 12, o público reencontrará o ator Eduardo Galvão como o personagem Mauro Botelho da novela A Viagem (1994), que volta ao ar em reprise da TV Globo. Relembre trabalhos marcantes do intérprete que começou a carreira como artista tardiamente e morreu em 2020, aos 58 anos, após sofrer com complicações da Covid-19.
Embora tenha começado a carreira artística relativamente tarde, aos 27 anos, Eduardo construiu uma carreira sólida e respeitada. A estreia foi em O Salvador da Pátria (1989), como o jornalista Régis de Abreu.
A partir dali, Galvão se destacou por interpretar tipos carismáticos, simpáticos e, muitas vezes, espirituosos. Seu estilo natural de atuação, sua voz marcante e seu sorriso fácil o tornaram um rosto querido nas casas brasileiras, que transitava com facilidade entre novelas dramáticas, séries infantojuvenis e comédias.
Em Despedida de Solteiro (1992), interpretou Paschoal Papagaio, um personagem espirituoso que conquistou o público. Dois anos depois, viveu o advogado Mauro Botelho em A Viagem, novela de temática espiritualista que se tornou um clássico dos anos 1990. Foi com esse personagem que muitos o associaram definitivamente à figura do galã sensível e acolhedor.
Outro papel que marcou sua carreira foi o de Arthur Carneiro, o chefe de produção do programa fictício apresentado por Angélica (51) em Caça Talentos (1996–1998). A série, voltada ao público jovem, solidificou sua imagem como um ator que também sabia dialogar com as novas gerações. Ao lado de Angélica, Galvão criou uma dupla carismática que marcou a infância de muitos espectadores.
Com passagens por diversas emissoras e estilos, Eduardo Galvão nunca ficou restrito a um único formato. Participou de tramas como O Clone (2001), Porto dos Milagres (2001), Malhação, Paraíso Tropical (2007), Insensato Coração (2011) e Bom Sucesso (2019), seu último papel na televisão antes da pandemia. Também atuou no cinema, em filmes como Um Tio Quase Perfeito (2017 e 2021) e Nada a Perder (2018–2019).
A morte de Eduardo Galvão, em 7 de dezembro de 2020, causou comoção não só entre fãs e colegas da TV Globo, mas em toda a classe artística. Ele foi internado em novembro com sintomas da Covid-19 e, apesar dos esforços médicos, não resistiu às complicações. Tinha 58 anos e muitos planos futuros, inclusive trabalhos na TV e cinema.
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