Cantor Jota.pê lança versão ao vivo do álbum 'Se o Meu Peito Fosse o Mundo' e fala com exclusividade à CARAS Brasil sobre carreira e novos desafios
Após viver um dos momentos mais marcantes de sua carreira, ao conquistar três Grammys Latinos, o cantor Jota.pê apresenta ao público uma nova perspectiva musical. O artista lança nesta quarta-feira (18), a versão ao vivo de seu álbum 'Se o Meu Peito Fosse o Mundo', agora com 15 faixas e um registro audiovisual que chega às 11h do mesmo dia nas plataformas digitais.
O projeto foi dirigido criativamente por Laís Branco e ganhou vida pelas lentes da produtora VMD, responsável por captar toda a intensidade e sensibilidade da performance ao vivo. Gravado com a participação de músicos que o acompanham em turnê, o lançamento também conta com colaborações especiais, como a cantora Bruna Black, além de uma releitura do compositor Theodoro Nagô.
Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, o cantor de 32 anos fala sobre o novo lançamento, suas emoções nos bastidores, e como tem lidado com os desafios da fama.
Para Jota.pê, transformar o álbum em show ao vivo foi uma escolha natural. A energia do palco, segundo ele, é insubstituível.
"Eu tenho a sorte de tocar com músicos realmente incríveis, que traduzem e acrescentam muito a tudo que sou musicalmente, e para mim, gravar um disco é completamente diferente de fazer um show. Minha ideia de registrar esse ao vivo em áudio e vídeo, é porque quero que o público consiga perceber isso, ver esses músicos tocando esse repertório, quero que eles vejam a gente se divertindo com o que amamos fazer, quero quem nunca viu o show se sinta mais próximo do que é o meu show, e que quem já viu possa ver novamente."
Com uma sonoridade ainda mais intensa e espontânea, o projeto também ganha novos contornos com faixas adicionais e arranjos repaginados.
"Esse disco tem algumas faixas a mais que são regravações de músicas minhas com novos arranjos que eu amo muito e queria mostrar, além de uma canção do meu amigo Theodoro Nagô que eu sempre quis gravar e usei essa oportunidade pra isso."
Antes mesmo do lançamento oficial, o cantor decidiu compartilhar a obra com quem o acompanha de perto. Ele convidou alguns fãs para uma sessão exclusiva e se emocionou com o retorno.
"Convidamos alguns fãs para assistirem a live antes de todo mundo e depois eu aparecia para conversar com eles sobre o que eles acharam e foi muito bonito! Eles se emocionaram nas canções, choraram, riram, se divertiram junto com a banda, foi legal de ver."
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Mesmo diante de um reconhecimento histórico, o caminho até aqui não foi fácil. O artista revela que já pensou em desistir da carreira diversas vezes.
"Eu já quis desistir muitas vezes até chegar aqui, acho que isso passou, pelo menos por enquanto (risos). Agora fico sempre tentando separar expectativas dos outros do que quero realmente para mim. A medida que as coisas vão crescendo e as possibilidades aumentam, muita gente aparece para dizer qual deveria ser o seu próximo passo, como você deveria agir daqui para frente. Filtrar isso e entender o que de fato é o meu caminho é o maior desafio."
Com humildade e bom humor, Jota.pê também reflete sobre sua trajetória desde os tempos do The Voice Brasil, em 2017. Se pudesse dar um conselho àquela versão mais jovem de si mesmo, ele seria direto:
"Diria para seguir acreditando. Acho que explicar mais que isso ia estragar tudo (risos)", declara o artista. Após tantos aprendizados, o artista garante usará essa bagagem para criar novos projetos: "Talvez quando eu finalmente conseguir absorver tudo que aconteceu comigo depois do Grammy, eu tenha algo para dizer."
Natural de Osasco, São Paulo, Jota.pê venceu em todas as categorias em que foi indicado do Grammy Latino de 2024, um feito raro na premiação. Ele conquistou os troféus de:
Com um estilo que mistura MPB, soul e raízes afro-brasileiras, o cantor já havia ganhado projeção internacional em 2018, quando esgotou ingressos em sua primeira turnê pela Europa.
Hoje, com uma trajetória construída longe de fórmulas, Jota.pê representa uma nova geração de artistas brasileiros: potente, sensível e autêntico.
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