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Esporte / maternidade

Médica alerta sobre caso de jogadora de vôlei grávida que segue em quadra

A jogadora de vôlei Pri Heldes entrou em quadra para defender o Fluminense durante a gravidez. Médica explica os cuidados para continuar a jogar

Juliana Dracz
por Juliana Dracz

Publicado em 20/05/2025, às 11h23

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Jogadora de vôlei Pri Heldes - Foto: Reprodução/Instagram
Jogadora de vôlei Pri Heldes - Foto: Reprodução/Instagram

A jogadora de vôlei Pri Heldes, de 33 anos, chamou atenção recentemente ao entrar em quadra para defender o Fluminense com uma barriguinha de seis meses de gestação. À espera de Emanuel, seu primeiro filho, que deve nascer em agosto, sua decisão rendeu comentários sobre segurança, limites e cuidados para gestantes que desejam se manter ativas. Em entrevista à CARAS Brasil, a Dra. Ana Claudia Onoue, médica do esporte e ortopedista, esclareceu os principais pontos sobre o tema.

"Antes de tudo, é fundamental dizer que a Pri Heldes tem acompanhamento médico e, certamente, conta com uma equipe multidisciplinar que acompanha cada etapa da sua gestação", destacou a especialista. "Em gestações saudáveis, a prática de atividade física é essencial. Ela ajuda a evitar dores, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e até prepara o corpo para o pós-parto", completou.

Contudo, a médica ressalta que algumas adaptações são necessárias. "Esportes de quadra, como o vôlei, têm risco de contato físico e quedas. Por isso, é fundamental adaptar os movimentos, evitar saltos arriscados, quedas ao solo e colisões entre jogadoras", defendeu.

Quais são os riscos?

A doutora também esclareceu quais são os riscos: "Impacto (mecânico), como atividades com saltos/ pliometria geram uma sobrecarga maior no assoalho pélvico (musculatura que sustenta os órgãos da pelve) e aumenta o risco de incontinência urinária na gestação e após".

E os cuidados necessários?

Para evitar complicações, a gestante deve adotar alguns cuidados. "Fortalecer assoalho pélvico, em trabalho conjunto com fisioterapia pélvica. Evitar fazer esforço em apnéia (sem respirar), o que aumenta a pressão do abdômen e sobrecarrega ainda mais o assoalho pélvico. E ativar a musculatura profunda da cintura abdominal para proteger a região".

E o pós-parto?

O retorno às atividades físicas após o parto deve ser avaliado em conjunto com o obstetra, levando em consideração a via de parto — cesárea ou vaginal — e eventuais intercorrências, como lacerações ou sangramentos. "Em geral, exercício de respiração e ativação da musculatura profunda podem ser feitos logo nos primeiros dias. O retorno aos treinos deve ser sempre gradual e respeitando a recuperação do pós-parto de forma individualizada", explicou a especialista.

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