Eliana contou que passou por cirurgia após sentir dores e receber um diagnóstico. O ortopedista Jean Klay explicou à CARAS Brasil detalhes da doença
Publicado em 26/06/2025, às 15h00
A apresentadora Eliana revelou em entrevista recente ao podcast PodDelas que precisou passar por uma cirurgia em decorrência da menopausa. Meses atrás, ela começou a sentir dores no ombro e foi diagnosticada com o chamado "ombro congelado". Em entrevista à CARAS Brasil, o ortopedista Jean Klay, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), explicou detalhes sobre a condição que afetou a artista.
Segundo o especialista, o quadro causa alguns sintomas. “O principal sintoma, sem dúvida, é a perda de movimento”, explicou. A evolução costuma acontecer em três fases: a primeira, marcada por dor intensa; a segunda, pela perda de movimento; e a terceira, chamada de fase de descongelamento, pode levar até seis anos para ocorrer.
No caso de Eliana, a menopausa foi apontada como possível gatilho para o desenvolvimento do quadro. De acordo com o ortopedista, a queda abrupta de hormônios nesse período pode contribuir para o surgimento da doença, embora a relação direta ainda não esteja bem estabelecida.
"Há indícios de que mulheres nessa fase tendem a apresentar maior incidência de ombro congelado, justamente por conta da variação hormonal. Além disso, trata-se de uma doença que tem relação com o estado emocional — pessoas mais ansiosas e preocupadas são mais suscetíveis —, e a menopausa é um período marcado por muitas alterações nesse aspecto."
De acordo com Jean, há opções de tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos."Essa é uma doença cujo tratamento dá motivo de muita discussão na literatura. Existem vários segmentos que optam, na sua quase que totalidade, para o tratamento não cirúrgico, deixando o cirúrgico só para aqueles casos de insucesso do não cirúrgico", explicou.
"Mas existem já alguns estudos tratando de procedimentos menores, procedimentos com pacientes sob anestesia, onde são feitos hidrodistenções da cápsula, normalmente guiados até por ultrassom, seguindo uma manipulação desse ombro para tentar acelerar esse processo de recuperação do ombro", complementou.
Mesmo após o tratamento, a condição pode deixar sequelas, especialmente nos casos mais graves."Sobretudo nas formas graves, há uma perda realmente significativa, o que acaba gerando atrofia na região do ombro do paciente. Isso também provoca sobrecarga em outras articulações, já que, com o ombro comprometido, o cotovelo, o punho, a mão e os dedos acabam sendo sobrecarregados. Por isso, é comum que o paciente sinta dor nessas regiões e também na cervical. Essa é uma relação direta entre a doença e as eventuais complicações que ela pode trazer."
Sobre as formas de prevenção, Jean Klay pontuou:"É muito difícil falar em prevenção, mas de um modo geral é fazer atividade física e também trabalhar a higiene mental. Então, quando você tem uma atividade física regular e trabalha sua higiene mental, o combate ao estresse, a ansiedade, essas são medidas bem interessantes para você tentar prevenir essa doença".
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