Simaria tornou público o diagnóstico de tuberculose no ano de 2018; em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Igor Maia Marinho fala sobre a doença
Publicado em 17/06/2025, às 15h01
Simaria (43) enfrentou o diagnóstico de tuberculose ganglionar duas vezes, na segunda, em 2018, ela precisou ficar internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar a doença. Agora, a cantora está recuperada, mas já falou algumas vezes sobre o problema de saúde. Para enteder mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista.
À época, a cantora diminiu a quantidade de shows e acreditou que a rotina intensa com os compromissos profissionais podem ter influenciado na queda do sistema imunológico: "Se minha imunidade abaixa, se eu fico sem comer, se eu durmo no horário errado, tudo isso implica para que minha imunidade caia e ela possa voltar", disse Simaria em entrevista à Quem.
O Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista formado pela Faculdade de Medicina da USP e com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), explica o que é a tuberculose ganglionar.
"É uma forma de tuberculose que não afeta os pulmões diretamente, como costuma ser mais comum, mas sim os gânglios linfáticos, pequenas estruturas responsáveis por filtrar substâncias e ajudar na defesa do organismo. O local mais comum de acometimento são os gânglios do pescoço. Nessa forma, a bactéria Mycobacterium tuberculosis provoca aumento dos gânglios, que podem inflamar, crescer e até formar pequenas coleções de pus (abscessos)", afirma.
Em 2023, a incidência da tuberculose no Brasil foi de 39,8 casos por 100 mil habitantes, muito acima da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 6,7 casos por 100 mil. Por isso, o infectologista chama atenção.
"Continua sendo uma doença muito relevante em muitos países, incluindo o Brasil. Embora a forma pulmonar seja a mais frequente, a tuberculose extrapulmonar, como a ganglionar, também é relativamente comum, especialmente em algumas populações de risco, como pessoas com deficiências imunológicas. Com o diagnóstico e tratamento corretos, na maioria dos casos há cura", declara.
Abaixo, o Dr. Igor Maia Marinho lista quais os principais sintomas da tuberculose ganglionar:
O tratamento da tuberculose é feito com antibióticos específicos, geralmente uma combinação de quatro medicamentos no início, durante cerca de dois meses, seguida de uma fase de manutenção com dois medicamentos por mais quatro meses.
"A duração total costuma ser de pelo menos seis meses, mas pode variar conforme a avaliação médica. É fundamental seguir o tratamento completo para garantir a cura e evitar resistência bacteriana", finaliza o infectologista.
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