A atriz Flávia Monteiro foi diagnosticada com melanoma, passou por cirurgia e médico explica os sinais que podem indicar câncer de pele
Publicado em 21/05/2025, às 11h50
Flávia Monteirorevelou seu diagnóstico de melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, e acendeu o alerta entre fãs e especialistas. A atriz precisou passar por uma cirurgia de emergência na perna para remover a lesão. Sem necessidade de quimioterapia ou radioterapia, ela segue agora em acompanhamento médico rigoroso.
Mas o que o caso da atriz nos ensina sobre os perigos do melanoma e os sinais que não podemos ignorar? O oncologista Elge Werneck conversou com a CARAS Brasil e explicou como o melanoma pode se manifestar de forma discreta e muitas vezes ignorada.
"O mais importante, nesses casos, é avaliar se HÁ NOVAS PINTAS SURGINDO ou se as ANTIGAS ESTÃO MUDANDO SUA APARÊNCIA. Esses são os momentos mais importantes para procurar o médico", alerta o médico.
Segundo o especialista, existem critérios bem definidos que ajudam a identificar possíveis lesões suspeitas: "As alterações que mais preocupam são resumidas na regrinha do ABCDE. Assimetria, bordas irregulares, cor (habitualmente mudança de cor ou presença de mais de uma tonalidade na mesma lesão), diâmetro (lesões maiores que 5 mm) e evolução (alterações na aparência da pinta). Caso perceba algum desses sinais, procure seu médico."
No caso de Flávia Monteiro, a intervenção cirúrgica foi o suficiente para conter o avanço da doença, mas isso depende da situação: "Doenças localizadas podem ser tratadas exclusivamente com cirurgia, com taxas de cura muito altas. Nos casos onde há presença de fatores de agravo, como acometimento de linfonodos regionais, a oferta de imunoterapia, terapias alvo e/ou radioterapia podem ser necessárias."
A resposta ao tratamento depende diretamente da fase em que o câncer é diagnosticado. Por isso, o acompanhamento médico constante é essencial.
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Mesmo após a retirada do melanoma, a atriz continua sendo monitorada por uma equipe médica. Werneck diz que isso pode durar por alguns anos: "O seguimento é fundamental, vistos os riscos de recidiva. Avaliação direto da pele, pelo exame clínico e por dermatoscopia digital, é imprescindível. Realização de exames de imagem seriadas, como tomografia ou ressonância, também são recomendadas, no mínimo 1 x ao ano por 5 anos após o tratamento. Após esse período, cabe ao médico a definição da melhor agenda de exames e como conduzi-los."
O oncologista reforça que o compromisso com o acompanhamento pode fazer toda a diferença: "O importante é reforçar aos pacientes que o acompanhamento do médico faz toda a diferença nas chances de cura dessa doença."
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