Em entrevista à Revista CARAS, Luiza Brunet dá detalhes de suas palestras sobre o combate à violência doméstica e comenta como problema afeta o Brasil
Referência na agenda em prol dos direitos das mulheres, Luiza Brunet (62) entende sua responsabilidade como ativista. Ativa no combate à violência doméstica, a modelo reforça a importância da causa e comenta sobre como o problema afeta o Brasil e o mundo.
"Fico orgulhosa de ter sido uma referência ainda como modelo. Hoje, como mulher e ativista, sei que abracei uma causa importante no Brasil e estendi a outros países", começa Luiza Brunet, em entrevista à Revista CARAS. "Falo para mulheres brasileiras que vivem no Brasil e para brasileiras imigrantes."
A artista diz que em suas palestras, que já foram apresentadas em diversos locais no mundo, começa compartilhando sua história pessoal de violência e violações. Ela explica que costuma contar sobre seu ativismo, como se preparou para seguir firme e explica também sobre a lei Maria da Penha.
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"[Falo da] importância da denúncia e de ter tratamento psicológico para compreensão e para diminuir a ansiedade no processo. Falo de autoestima, autonomia financeira, saúde da mulher, políticas públicas favoráveis e relações abusivas", acrescenta.
Brunet diz que a violência acomete mulheres e meninas de todo o planeta, e que é importante a sociedade precisa dar apoio, acolhimento e estar disposta a minimizar o grave problema. Ela também aponta que, apesar de o Brasil ter alguns avanços, ainda é preciso prestar atenção.
"Estamos à frente por conta das leis de proteção e prevenção, mas o machismo ainda impera e mulheres são agredidas todos os dias. Muitas vão a óbito, são mortas por companheiros, maridos ou namorados. Os números de feminicídio crescem vertiginosamente."
Nascida em Itaporã, no Mato Grosso do Sul, Luiza Brunet é ex-modelo, empresária, atriz e ativista. Ela ganhou notoriedade nacional entre as décadas de 1980 e 1990 com seu trabalho na moda, e também atuou em filmes e novelas. Hoje, a artista é símbolo de resistência no combate à violência doméstica e sexual, tendo sido vítima de agressões físicas e psicológicas.
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