Durante cobertura no Vaticano, Ilze Scamparini revelou vontade de papa Francisco que não foi seguida pelo novo pontífice, Leão XIV; entenda
Publicado em 08/05/2025, às 18h45
Direto de Roma, Ilze Scamparini esteve presente no Jornal Hoje desta quinta-feira, 8, para comentar a escolha histórica de Robert Francis Prevost como o novo papa. Durante a transmissão, a jornalista revelou um detalhe curioso: o recém-eleito pontífice contrariou um antigo desejo de Francisco.
"Um desejo do papa Francisco ele já não satisfez, porque o papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele como João 24. Ele preferiu Leão 14. Vamos ver o que isso vai significar", analisou Ilze em conversa com César Tralli.
Ainda durante o ao vivo, a jornalista expressou surpresa com a escolha, comentando que Prevost não estava entre os favoritos. "Fiquei muito surpresa. Embora ele já fosse um dos cotados, ele pertencia a uma segunda linha de candidatos. Foi uma surpresa grande, até porque esses favoritos da segunda linha nem sempre conseguem ultrapassar essa segunda linha.", disse ela.
"Fiquei muito surpresa. Embora ele já fosse favorito, pertencia a uma segunda linha de candidatos. Ele vai continuar o governo de Francisco." (Ilze Scamparini) pic.twitter.com/QIwAgXzem5
— Sérgio Santos (@ZAMENZA) May 8, 2025
'Leão XIV' remete a duas figuras fundamentais do catolicismo. De um lado, temos Leão I, o Magno, papa conhecido por deter Átila, o rei dos hunos, às portas de Roma, em 452, e por evitar a destruição da cidade anos depois ao intervir junto aos Vândalos. Além de seu papel pacificador, Leão Magno teve influência decisiva no Concílio de Calcedônia e foi o primeiro a receber o título de "Magno", além de ser reconhecido como Doutor da Igreja.
Já do outro, temos Leão XIII, que governou a Igreja de 1878 a 1903 e ficou conhecido por sua visão social avançada para a época. Sua encíclica Rerum Novarum lançou as bases da Doutrina Social da Igreja, abordando direitos trabalhistas, justiça social e estabelecendo um diálogo com o pensamento moderno, sem perder a essência doutrinal.
Para estudiosos do Vaticano, ao escolher esse nome, o novo papa sinaliza a intenção de equilibrar a solidez doutrinária e pastoral de Leão Magno com a abertura ao diálogo moderno e o olhar social de Leão XIII. A decisão é interpretada como um gesto que busca conciliar tradição e renovação no comando da Igreja.
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