Em entrevista no Domingo Espetacular, da Record, o ex-nadador Fernando Scherer, o Xuxa, relembra período em que viveu o vício em álcool
O ex-nadador Fernando Scherer, o Xuxa, revelou um vício que fez parte do seu passado. Em entrevista no programa Domingo Espetacular, da Record, ele confessou que teve vício em álcool durante a carreira nas piscinas.
“Não era a bebida pela bebida, pelo prazer de beber, era pelo prazer de não estar em contato com uma dor que eu tinha”, afirmou ele, e completou: "Quando você vai fazer algo que tem muita importância pra você, se você tiver qualquer ruído mental, externo que deixa te atingir, você não vai estar 100% entregue, doado pra fazer o seu melhor. Na época era de muita realização pessoal, de muita confiança naquilo que eu fazia e, com certeza, subiu à cabeça, você acha que pode tudo. Jovem demais se tornar número um do mundo, fama, sucesso, a parte financeira mudou muito rápido, e a gente se perde um pouco no caminho, mas fui me perdendo e me achando, me perdendo e me achando, até que me achei".
Então, ele associou o vício ao desejo de encerrar a carreira. "Na primeira vez que tomei um porre, passei mal, não gostei, falei que não ia beber de novo, mas não durou muito tempo. Com o tempo, vai se tornando um vício, uma válvula de escape. Baseado na fuga de uma dor. Talvez eu quisesse parar de nadar e não tinha coragem de assumir que queria parar. Minha questão com a natação, quando eu ganhava, era o momento que me sentia pertencente, valorizado, mais por mim. 'Agora você vale a pena, agora você vale alguma coisa'. Eu queria ter parado há muito tempo atrás, mas fui adiando porque eu ganhava e, por ganhar, eu não queria parar", declarou.
Por fim, o Xuxa contou que não entra mais na piscina para nadar. "O mais perto que chego de uma piscina é isso [à beira]. Já me reconciliei com ela, mas ela ali e eu aqui. Ela na dela e eu aqui. Eu entro com os netinhos, mas não precisa mais nadar", afirmou.
Ver essa foto no Instagram
Leia também: Fernando Scherer, o Xuxa, encanta ao surgir com os netos gêmeos: “Não tem preço”