Enquanto enfrenta acusações, o rapper P. Diddy teve episódios de violência contra Cassie Ventura admitidos por sua defesa; entenda
Publicado em 09/05/2025, às 17h40
O nome de Sean "Diddy" Combs voltou a ocupar as manchetes internacionais nesta semana. Em meio ao julgamento criminal que enfrenta nos Estados Unidos, os advogados do rapper admitiram que ele foi violento com a ex-namorada, Cassie Ventura, mas alegaram que a relação era marcada por episódios de violência mútua.
Durante audiência na sexta-feira, 9, o advogado de defesa, Marc Agnifilo, declarou que a equipe jurídica de Diddy vai "assumir a posição de que houve violência mútua em seu relacionamento", incluindo "bater", mas questionou o limite entre brigas físicas e coerção, alegando que Ventura é uma pessoa "forte" com "uma natureza de violência" e "capaz de iniciar confrontos físicos". A declaração causou forte reação do juiz Arun Subramanian, que rebateu prontamente: "Pessoas fortes podem ser coagidas assim como pessoas fracas."
Além de violência doméstica, o artista responde por extorsão, tráfico sexual e participação em festas privadas com relatos de abuso e uso de substâncias ilícitas para coagir mulheres. As denúncias contra Diddy se intensificaram em 2023, quando imagens de uma agressão contra Cassie vieram a público.
Ventura, que possivelmente será a principal testemunha no processo, moveu uma ação civil contra o ex-namorado em novembro de 2023, resolvida no dia seguinte, mas o caso criminal segue em andamento. O júri já começou a ser selecionado e as declarações de abertura estão previstas para 12 de maio.
Se condenado, Diddy, que já comandou um império musical, poderá pegar prisão perpétua. No momento, ele está sob custódia na Unidade de Habitação Especial no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, com cabelos grisalhos.
O julgamento de Sean Combs por tráfico sexual e extorsão teve início em 5 de maio de 2025. O rapper, mais conhecido como P.Diddy, se declarou inocente em 17 de setembro das três acusações do processo pelo qual está preso, de usar seu império empresarial para transportar mulheres e homens trabalhadores do sexo através das fronteiras estaduais para participarem de performances sexuais gravadas, chamadas de "Freak Offs".
Em outubro de 2024, o rapper mais uma vez se declarou inocente de todas as acusações. Vestindo trajes tradicionais de prisão nos Estados Unidos, o acusado levantou e mandou beijos para seus familiares sentados na plateia do tribunal após o término da audiência. Sua mãe e seus filhos compareceram, disse o advogado de defesa Anthony Ricco no tribunal.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a promotora Emily Johnson disse à corte que o caso duraria pelo menos três semanas. Já o advogado de defesa do artista, Marc Agnifilo, acredita que deve durar cerca de uma semana.
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